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O mundo da comunicação em constante mudança

O papel da comunicação interna na Fusão ou Aquisição

10 de Novembro de 2016Sara Lixa

Quando pensamos sobre a comunicação interna, e mais especificamente sobre a comunicação interna durante um processo de Fusão e Aquisição, compreendemos como esta pode prevenir - ou não - a resistência à mudança organizacional, consoante a sua forma de atuar, o papel e o lugar que decide ocupar. A comunicação interna deve dar resposta a aspectos concretos das empresas ou instituições, como informações sobre mudanças salariais ou de cargo/posição, despedimentos, sentimentos de pertença a uma comunidade, sensações de incerteza e expectativas, dado que todos estes factores têm influência na eficácia e no sucesso da Fusão ou Aquisição.

Por estes motivos, damos maior relevância à identidade e comunicação organizacional, com um novo entendimento, menos funcional e mais estratégico. Direta ou indiretamente, a gestão do lado humano da Fusão ou Aquisição é a verdadeira chave para o sucesso do negócio, constatando-se que as incompatibilidades culturais são consistentemente a maior barreira para a integração. Deste modo, o plano de comunicação interna tem forçosamente de identificar os líderes na nova organização que surge, clarificar os papéis e responsabilidades e incentivar a comunicação, pela criação de um bom ambiente laboral com valor para todos os funcionários, removendo obstáculos e disponibilizando todas as informações, de forma clara e verdadeira, durante a mudança.

Assim, o trabalho desenvolvido pela comunicação interna deve incorporar a análise das especificidades de organização da empresa ou instituição em causa, bem como a singularidade do seu modelo de governação, a estratégia de comunicação implementada, as interações hierarquizadas, a potencialização dos líderes intermédios e a importância das plataformas digitais, num exercício constante de integração dos colaboradores.